O presidente da Comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu, Johan Van Overtveldt, evidenciou satisfação pela forma como Portugal planeou usar o montante atribuído pela Comissão Europeia no âmbito do PRR.
Numa visita a Portugal com uma delegação de 12 eurodeputados, que decorreu entre os dias 18 e 20 de julho, a propósito da implementação do PRR, Johan Van Overtveldt afirmou que a comitiva está “muito satisfeita com o que tem visto e ouvido”.
“Com esta visita podemos verificar que a forma como Portugal está a planear usar o dinheiro do PRR é a mais adequada no caminho do combate às alterações climáticas, digitalização ou melhoramento de infraestruturas”, acrescentou.
Ressalvou ainda que espera que o PRR possa contribuir “de forma significativa para o crescimento potencial” da economia portuguesa e focou a importância que deve ser dada à Educação, indicando que “A área a que se deve dar mais atenção é a da Educação porque o futuro são os cérebros”.
Para o Eurodeputado “dar mais ênfase à educação – à educação básica e à avançada – será muito importante para que Portugal consiga acompanhar a evolução da tecnologia à medida que esta avança nos vários setores” pelo que “melhorar as competências básicas e as mais específicas da população” é fundamental para uma boa qualidade de vida.
No que concerne o prazo de implementação dos PRR, Johan Van Overtveldt admitiu que talvez pudesse haver alguma flexibilidade para alguns países, considerando que nalguns casos o prazo de 2023 poderá não ser suficiente.
“Essa é uma questão que pode variar de país para país, mas talvez pudesse haver um bocadinho mais de flexibilidade para alguns países (…) poderem encontrar e escolher os melhores projetos de investimento”, disse, sublinhando que fazer o melhor com os fundos disponíveis “é uma preocupação legítima” e que “2023 talvez não seja suficiente”.
Os compromissos do PRR têm de ser assumidos até 2023 e as respetivas despesas executadas até 2026.