No âmbito do sub-investimento C14-i03.01-RAA do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que visa contribuir para a transição energética no arquipélago dos Açores foi assinado o contrato que permite a concretização da ampliação da Central Geotérmica do Pico Vermelho.
Esta Central não só duplicará a potência instalada no Pico Vermelho, como também reforçará a liderança da região insular na produção de energia limpa. Este projeto também se constitui como um avanço técnico para assegurar um futuro energético mais verde, seguro e independente para as gerações futuras.
Nos Açores, a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis representa atualmente cerca de 40% do valor global da região, dos quais cerca de 24% provenientes da geotermia, presente nas duas maiores ilhas do arquipélago. Os restantes 60% da eletricidade são produzidos a partir de combustíveis fósseis, fuelóleo e gasóleo, que representam uma fatura anual elevada, não só devido ao valor de aquisição dos combustíveis, mas também do seu transporte por via marítima do continente para as ilhas e na distribuição inter-ilhas.
Este tipo de produção, para além de ter um elevado custo associado, representa uma forte dependência externa que, em situações de crise nacional ou internacional, pode colocar em causa a capacidade de resposta às necessidades energéticas do arquipélago.
Em 2021 a EDA Renováveis assinou com o Governo Regional dos Açores um contrato de financiamento para o aumento da potência geotérmica nos Açores, para a produção de energia elétrica.
Concretiza-se agora, uma das fases do projeto com o incremento da potência da Central Geotérmica do Pico Vermelho de 12 MW, ou seja, uma duplicação da potência aí instalada, que contribuirá para aumentar significativamente a produção de eletricidade de origem renovável na ilha de São Miguel com contributos significativos no contexto energético açoriano.