O PRR vai financiar a aquisição de 413 autocarros com emissões zero, ou seja movidos a eletricidade ou hidrogénio através de baterias de lítio, num montante total de 90 milhões de euros.
O financiamento surge no âmbito do aviso n.º 01/C21-i12/2024 «Apoio à aquisição de veículos limpos para o transporte coletivo de passageiros», do qual saíram 11 candidaturas aprovadas, distribuindo-se entre Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto (45 milhões de euros) e restante território (45 milhões de euros):
As candidaturas financiadas nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto são:
- Alsa Todi Metropolitana de Lisboa, Lda – 60 autocarros – 12 000 000,00€
- NEX Continental Holding SL Sucursal em Portugal – 53 autocarros – 12 000 000,00€
- Barraqueiro Transportes, S.A – 55 autocarros – 11 980 000,00€
- Scotturb, Transportes Urbanos, Lda – 31 autocarros – 7 634 000,00€
- Serviços Municipalizados de Transportes Coletivos do Barreiro – 40 autocarros – 1 385 000,00€
As candidaturas financiadas no restante território são:
- Guimabus Empresa Transportes de Guimarães, Unipessoal, Lda – 50 autocarros – 12 000 000,00€
- TUB, Transportes Urbanos de Braga, E.M. – 38 autocarros – 11 781 575,72€
- Município de Viana do Castelo – 17 autocarros – 5 605 785,84€
- Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra – 30 autocarros – 8 307 900,00€
- Transdev Norte SA – 22 autocarros – 7 220 500,00€
- RDL Rodoviária do Lis, Lda – 17 autocarros – 84 238,44€
O financiamento contempla ainda a instalação de 184 postos de carregamento de energia elétrica.
Este apoio financeiro permitirá duplicar o número de autocarros de zero emissões no Continente, indo ao encontro dos objetivos da Componente do PRR em que se enquadra este investimento, a C21 – REPowerEU, que pretende de apoiar as ambições de Portugal em termos de independência energética e transição ecológica, no contexto das novas situações geopolíticas e do mercado da energia.
Para a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, “com a aprovação deste financiamento, o Governo está a efetivar o compromisso com a descarbonização e a dar passos decisivos para a melhoria do ambiente e da qualidade de vida da população, por todo o território.”
O Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, refere ainda que “a área da mobilidade exige a tomada de políticas públicas assertivas, de forma a trazer mais pessoas para o transporte público, mas, ao mesmo tempo, essa oferta tem de ser cada vez mais sustentável e amiga do ambiente. É nesse sentido que estamos a trabalhar. Para uma mobilidade que contribua efetivamente para a descarbonização e eficiência energética da economia, mas que tenha as pessoas sempre em primeiro lugar”.
O setor dos transportes é considerado essencial para o desenvolvimento económico e coesão social, mas é um dos principais responsáveis pelo consumo de energia primária e uma das principais fontes de emissões de gases com efeito de estufa. Deste modo, a mobilidade das populações exige mais transporte público, mas também mais sustentabilidade. Com a aprovação destas candidaturas há um incremento dos transportes sustentáveis, promovendo a eficiência energética e melhorando a qualidade de vida urbana. Em suma, uma resposta aos desafios do crescimento das cidades e às mudanças climáticas.