Direção-Geral do Território (DGT) apresentou oficialmente a Carta de Uso e Ocupação do Solo 2023 (COS2023), acompanhada de um conjunto de produtos inovadores desenvolvidos no âmbito do SMOS – Sistema de Monitorização da Ocupação do Solo, que recorrem a tecnologia espacial e Inteligência Artificial.
A COS2023 é um documento cartográfico fundamental para conhecer, monitorizar e planear o território, permitindo identificar zonas urbanas, agrícolas, florestais ou industriais, acompanhar alterações como desflorestação ou expansão urbana, apoiar a definição de áreas protegidas e avaliar vulnerabilidades a incêndios, inundações ou deslizamentos.
O evento contou com a presença dos secretários de Estado das Florestas, Rui Ladeira, e da Administração Local e do Ordenamento do Território, Silvério Regalado, que sublinharam a importância desta inovação para o desenvolvimento sustentável e a gestão estratégica dos territórios.
A Diretora-Geral do Território, Fernanda do Carmo, destacou o rigor técnico e a relevância da disponibilização da COS2023 em dados abertos, a compatibilização com o inventário florestal nacional e, sobretudo, o papel determinante do PRR no financiamento da recolha de informação através da cobertura LiDAR (Light Detection and Ranging) de Portugal continental, que se baseia na emissão de pulsos de luz laser por sensores instalados em aeronaves, possibilitando o mapeamento da superfície terrestre com elevada precisão.
Para potenciar a utilização destes dados, a Academia DGT tem promovido webinares de capacitação, permitindo a técnicos, investigadores e entidades públicas e privadas explorarem exemplos práticos da leitura e aplicação da informação LiDAR. A elevada participação, tanto presencial como online, comprova o interesse e a utilidade destas ferramentas.
Na segunda parte da sessão, um Painel de Inovação, moderado pelo professor Mário Caetano, apresentou os mais recentes produtos SMOS, desenvolvidos de forma colaborativa com o Sistema Científico e Tecnológico Nacional.
Toda a informação está disponível no Sistema Nacional de Informação Geográfica (SNIG), acessível ao público em geral, reforçando o compromisso do PRR e da DGT com um território mais sustentável, seguro e informado.