A Associação Tagus e a GestiVerde estão a dinamizar, na zona norte de Abrantes, um ciclo de sessões públicas sobre os Condomínios de Aldeia, iniciativa apoiada pelo PRR, que aposta na criação de faixas de proteção contra incêndios e na reconversão agrícola de zonas florestais.
Depois de encontros já realizados em aldeias como Aldeia do Mato, Carreira do Mato, Martinchel, Pucariça e Abrançalha de Baixo, a programação prossegue no sábado, 6 de setembro, às 18h00, em Lercas, na Associação de Melhoramentos; e no dia 11 de setembro, às 18h30, em Sentieiras, no Centro Popular de Cultura e Desportos.
As sessões destinam-se sobretudo a proprietários de terrenos florestais e de matos localizados até 100 metros de distância das habitações, envolvendo aldeias como Abrançalha de Cima e de Baixo, Aldeia do Mato, Martinchel, Rio de Moinhos, Amoreira, Mouriscas e Sentieiras, entre outras. O objetivo é dar a conhecer os projetos que vão permitir transformar áreas de risco em espaços produtivos, através da plantação de medronheiros, olivais, vinhas, pastagens ou montado de sobro, ao mesmo tempo que se criam barreiras naturais capazes de travar a progressão das chamas.
Os proprietários que aderirem beneficiam da limpeza e da plantação inicial financiadas, de formação gratuita em áreas como poda, operação de tratores, fitofármacos ou técnicas de cultivo, além de apoios adicionais atribuídos pela TAGUS no âmbito do Programa de Desenvolvimento Local 2023-2027. Tal permite ainda vir a aceder a novas fontes de rendimento com a produção agrícola e a possibilidade de escoamento em mercados locais promovidos pela associação. A valorização ambiental e patrimonial dos terrenos, a maior segurança das populações e a redução do risco de incêndio são outros resultados do projeto.
O investimento enquadra-se na Componente C08 – Florestas, através da medida Transformação da Paisagem dos Territórios de Floresta Vulneráveis, do Plano de Recuperação e Resiliência. A medida prevê contratos em pelo menos 600 aldeias rurais, onde serão definidas as condições de financiamento entre o Fundo Ambiental e entidades como municípios, comunidades intermunicipais ou associações de desenvolvimento local. Com estas iniciativas, o PRR afirma-se como um instrumento essencial para a resiliência e sustentabilidade das comunidades, promovendo não só a defesa contra incêndios mas também a criação de novas oportunidades de rendimento e desenvolvimento para os territórios rurais.