Plano de Recuperação e Resiliência – Recuperar Portugal

Mil filmes portugueses ganham nova vida digital

A Cinemateca Portuguesa assinalou a conclusão da digitalização de mil filmes portugueses, um marco determinante na preservação do património cinematográfico nacional e no cumprimento dos objetivos do PRR, no âmbito da componente C04-i01 – Redes Culturais e Transição Digital.

A cerimónia comemorativa decorreu no cineteatro da Cinemateca e contou com a presença da Ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, e do Presidente da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, Fernando Alfaiate, entre representantes de instituições culturais e profissionais do setor do cinema.

O projeto financiado pelo PRR permitiu, até ao momento, a digitalização de cerca de 1.030 obras cinematográficas originalmente produzidas em suporte analógico, abrangendo longas e curtas-metragens do cinema português. Esta intervenção assegura a adaptação dos conteúdos aos atuais formatos de exibição, garantindo a sua conservação e o acesso futuro a um vasto acervo do património cinematográfico nacional.

Com a transição para o formato digital, estas obras passam a estar disponíveis em suportes compatíveis com o cinema contemporâneo, facilitando a sua divulgação junto de novos públicos, em especial das gerações mais jovens, bem como promovendo uma maior circulação do cinema português.

Durante a sessão, foi exibido um excerto do milésimo filme digitalizado, “Três dias sem Deus” (1946), realizado por Bárbara Virgínia, a primeira mulher em Portugal a realizar uma longa-metragem. A obra marcou igualmente a primeira participação portuguesa no Festival de Cinema de Cannes, no mesmo ano, assumindo um lugar simbólico neste momento de celebração.

Graças a este investimento PRR, muitas destas produções passam a estar disponíveis para exibição pública, investigação académica e acesso online, através do site da cinemateca (ver aqui) ou presencialmente nas instalações da Cinemateca.

O PRR reforça, assim, o acesso ao património cultural e contribui para que a memória e a história do cinema português sejam e valorizadas passadas às gerações futuras.

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