O Ministério da Economia apresentou uma das medidas emblemáticas do PRR para alcançar os objetivos da transição digital na economia portuguesa, a Componente 16 do PRR – Empresas 4.0 – com enfoque na medida Transição Digital, com um valor associado de 450 milhões de euros.
Este investimento, cuja coordenação também está a cargo do IAPMEI, I.P. em estreita articulação com diversas entidades públicas e associativas, contribuirá para a transformação dos modelos de negócio das PME portuguesas e para a sua digitalização, visando uma maior competitividade e resiliência.
Na presença das associações representativas do Comércio e Serviços foram detalhadas as iniciativas referentes à criação dos Bairros Digitais, das Aceleradoras do Comércio Digital e Internacionalização via “E-commerce”.
A medida “Comercio Digital” é um programa para a digitalização de Pequenas e Médias Empresas, com foco em micro-PME da área do comércio, com vista a ativar os seus canais de comércio digitais, incorporar tecnologia nos modelos de negócio, bem como desmaterializar os processos com clientes, fornecedores e logística.
O ministro Siza Vieira salientou na apresentação dos Bairros Digitais e das Aceleradoras que “as empresas precisam de novas maneiras de se relacionar com os consumidores para permanecerem relevantes numa nova economia. Isto implica chegar a cada empresa – definimos 30 mil como objetivo – para as aconselhar sobre como começarem a funcionar também no plano digital”.
O programa de Aceleradoras do Comércio Digital, disseminado pelo território pretende “selecionar 25 aceleradoras que sirvam de ignição para este movimento, pois as empresas comerciais reconhecem a necessidade de abraçar as tecnologias digitais, mas não sabem bem como”.
O programa dos Bairros Comerciais Digitais – as pessoas gostam de ir comprar à rua – pretende criar uma nova forma de “os consumidores de amanhã se relacionarem com os fornecedores. Estes bairros são um desafio para os protagonistas locais se mobilizarem para a presentarem projetos para 50 Bairros Comerciais Digitais nos quais a experiência dos consumidores possa ser transformada pelas tecnologias digitais”, referiu.
A Componente 16 – Empresas 4.0 , dirigida especificamente ao reforço de digitalização das empresas, tem como objetivo recuperar o atraso relativamente ao processo de transição digital, permitindo o acesso ao conhecimento e aos meios tecnológicos digitais que promovem: a modernização do trabalho e dos processos de produção; a desmaterialização dos fluxos de trabalho; a mitigação dos défices de competências na utilização das tecnologias digitais; abranger de forma equilibrada mulheres e homens; a incorporação de ferramentas e metodologias de teletrabalho; a criação de novos canais digitais de comercialização de produtos e serviços, a adoção de uma cultura de experimentação e inovação; o reforço do ecossistema de empreendedorismo nacional e a incorporação de tecnologias disruptivas nas suas propostas de valor das empresas.