O Plano de Recuperação e Resiliência tem cerca de 420 milhões de euros atribuídos a soluções de nova geração de respostas sociais. Neste momento, estão já em curso 600 projetos, 22 dos quais relativos a habitações colaborativas que resultam de projetos-pilotos propostos pelos próprios promotores.
A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, destacou estes investimentos do PRR durante a assinatura de contratos para novas respostas sociais inovadoras no concelho do Fundão, no âmbito do Governo Mais Próximo em Castelo Branco.
A Ministra indicou ainda que «o setor social tem 600 milhões de euros de investimento a decorrer». Uma aposta em diferentes respostas sociais «em creches, em respostas às pessoas com deficiência, em respostas às pessoas mais velhas, e também na transformação da própria Segurança Social, para conseguir ser mais eficiente, mais personalizada e para resolver os problemas reais das pessoas», disse.
Quanto aos projetos para habitação colaborativa «tratam-se de respostas inovadoras e diferentes: umas são, por exemplo, para integração de pessoas com deficiência e as suas famílias, permitindo a coabitação em espaços autónomos, em casas das próprias famílias; outras são respostas para promover a interação entre estudantes e pessoas mais idosas. Também temos um projeto de pequenas casas para habitação temporária, por exemplo, quando os pais estão a acompanhar as crianças durante um tratamento hospitalar», referiu.
No caso do Fundão, um dos projetos será promovido pela Santa Casa da Misericórdia local e visa a transformação de um bairro social degradado num bairro de habitação colaborativa, que terá 18 unidades de habitação independentes destinadas a pessoas idosas autónomas ou portadoras de deficiência mas também autónomas, e ainda em situação de vulnerabilidade social como imigrantes em processos de autonomização.
Contará com um edifício de serviços comuns e uma horta comunitária, sendo um projeto ambiental e energeticamente sustentável, com as casas ligadas por um passeio que contará com painéis fotovoltaicos. O investimento total é de 1,1 milhões de euros.
O outro projeto é do Centro Assistencial Cultural e Formativo do Fundão que vai construir de raiz, em interligação com o meio rural, 21 pequenas moradias autónomas, mas próximas e com espaços comuns. O investimento total é de cerca de 1,5 milhões de euros.