O Primeiro-Ministro, António Costa, esteve hoje, dia 15, na cerimónia de assinatura dos contratos do primeiro Programa de Apoio à Produção de Hidrogénio Renovável e outros Gases Renováveis, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Durante o evento, o Primeiro-Ministro deu nota de que «um dos problemas crónicos do País é a sua dependência energética», agravada com a guerra na Ucrânia.
Neste âmbito, frisou a importância da produção de hidrogénio verde, que vai permitir que o País não só produza a energia que consome, como se torne um exportador. António Costa classificou ainda a produção de hidrogénio em Portugal como uma «mudança estrutural da economia».
«Quando estamos a libertar-nos dos combustíveis fósseis, não estamos só a libertar-nos de combustíveis que emitem carbono para o ambiente, estamos também a contribuir de modo decisivo para ter uma balança de pegamentos e comercial mais equilibrada», afirmou.
António Costa realçou também que os projetos, agora assinados, ajudarão o País a tornar-se um verdadeiro exportador de energia, indicando que «Essa é uma mudança estrutural para o futuro da nossa economia, que transformará o País para as próximas décadas, pelo menos, e essa é uma oportunidade que não podemos desperdiçar».
Ainda durante a cerimónia, António Costa dirigiu um agradecimento às empresas que viram os seus projetos, parcialmente financiados pelo PRR, aprovados: «Vocês fazem um grande esforço por parte do setor privado. É um excelente exemplo de que, com boas políticas públicas, com objetivos claras, regras regulatórias estáveis e transparentes, com a agilização e simplificação do processo de licenciamento e a devida combinação entre o que é o apoio público e a capacidade de mobilização do setor privado conseguimos transformar o perfil da economia portuguesa num setor tão critico como a energia», afirmou.
Os 25 projetos agora assinados totalizam verbas de 102 milhões de euros do PRR e permitirão a redução de 167 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono. Grande parte dos projetos «não estão no litoral nem nos grandes centros urbanos», mas sim junto às unidades industriais e no interior.