A empreitada relativa à construção da rede de infraestruturas primárias da Barragem do Pisão foi adjudicada por cerca de 65 milhões de euros a um consórcio de empresas espanholas. A decisão foi tomada por unanimidade numa numa reunião extraordinária do conselho intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA).
Para este concurso, a CIMAA, entidade responsável pelo Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos (EAHFM) do Crato, tinha definido um valor máximo de 71,7 milhões de euros, sendo que recebeu propostas de 10 empresas.
O presidente da Câmara do Crato, Joaquim Diogo, pretende que as obras comecem no fim deste ano ou no primeiro mês de 2025, no máximo, e explica que antes de ser assinado o auto de consignação da obra ainda tem de ser noticiado o concorrente vencedor, que deverá remeter toda a documentação necessária no prazo de cinco dias úteis.
“A partir daí, é marcar a assinatura do contrato e pedir visto prévio ao Tribunal de Contas. Estamos a falar de quase 65 milhões de euros, vamos ter de responder a uma série de questões que o tribunal nos vai colocar”, adiantou.
Segundo o Presidente da CIMAA, Hugo Hilário, este projeto não só vai otimizar o abastecimento de água do alto alentejo como produzir 50% da energia necessária para esta região.
O Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, é uma medida inscrita no PRR que visa garantir a satisfação das necessidades de consumo urbano de água dos concelhos de Alter do Chão, Avis, Crato, Fronteira, Gavião, Nisa, Ponte de Sor e Sousel; o aumento da capacidade de geração de energia limpa de acordo com a capacidade de produção da unidade solar a ser instalada em mais 1,0 MW/ano a partir da mini-hidro e a instalação de infraestrutura de blocos de irrigação que permite a irrigação de uma nova área de 5.078 ha adequada para culturas biológicas e diversificadas.