Manuel Pizarro, Ministro da Saúde, anunciou que no ano de 2022 foram tratados no Programa de Hospitalização Domiciliária cerca de 9.000 doentes, o dobro do objetivo para 2024. O Governo conseguiu antecipar a meta do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para tratar 5.000 pessoas em casa em 2024, sendo que a antecipação foi mais longe “quase duplicando o número”. O ministro considerou que o programa Hospitalização por Doença é um “verdadeiro sucesso” e definiu como meta triplicar o número de tratamentos em casa nos próximos quatro anos.
Em declarações no final da sessão de abertura do 3.º Encontro de Unidade de Hospitalização Domiciliária, o governante afirma que os 95% de hospitais aderentes ao programa têm capacidade para tratar em simultâneo em casa 329 pessoas, no conjunto das equipas. “O que pretendemos até 2026 é triplicar esta capacidade, de sermos capazes de tratar em casa 1.000 pessoas em cada momento e, com isso, tratar cerca de 30 mil pessoas por ano”, destacou.
A Hospitalização Domiciliária define-se como um modelo de assistência hospitalar direcionado para a prestação de cuidados no domicílio a doentes com doença aguda ou crónica agudizada, cujas condições biológicas, psicológicas e sociais o permitam.
O Ministro da Saúde pretende alargar o programa a todos os doentes em que seja possível o tratamento domiciliário, “porque é uma grande vantagem para as pessoas”, nomeadamente ao nível do conforto, proximidade com a família e redução de risco de infeção hospitalar. De acordo com os dados, os programas de Hospitalização Domiciliária do Serviço Nacional de Saúde abrangeram 8.932 doentes em 2022, mais 20,4% face a 2021, perfazendo 87.747 dias de internamento domiciliário.